sexta-feira, 6 de março de 2009

CRIAR

Recebi de Aldo de Melo, de Aracaju SE, os dois textos abaixo e muito lhe agradeço.
Obrigado, obrigado, muito obrigado!

"Não pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor bênção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar superado. \ Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la"
Albert Einstein

"O sonho pelo qual brigo exige que eu invente em mim a coragem de lutar ao lado da coragem de amar".
Paulo Freire

Antes de ir para o assunto principal quero falar do jovem Daniel Martins Maia, que vai ocupar a posição de Presidente da Associação Prosperidade da Regional MG-Governador Valadares.
Daniel, alguns anos atrás, mandava pela internete para todos os Líderes da Seicho-No-Ie na Regional a mensagem do dia contida n’A Verdade da Vida, volumes 37 ou 38. Deus, muito obrigado por nos enviar continuamente Líderes assim, com tal espírito.

Crise! Quem nunca esteve em crise que atire a primeira pedra... em si mesmo. Espantou? Mas é verdade. Uma das melhores coisas da vida é a crise. Acha que sou masoquista? Não! Eu não sou masoquista. Uma vida tranqüila, que a maioria das pessoas deseja, é, depois de um tempo simplesmente c-h-a-t-a. Não acredita? Rubem Alves, um dos maiores psicólogos, teólogos e outros “ólogos” – uarrarrá – além de grande escritor, diz que “ostra feliz não produz pérolas”. Ele explica que o interior da ostra é sensível como um olho e quando cai um grão de areia ela produz uma substância que vai envolvendo aquele corpo estranho até formar uma pérola. Ele diz ainda que toda criação é fruto da infelicidade. E que quem está feliz tem mais é que curtir sua alegria. Observação! Ele não está fazendo apologia à tristeza, à desgraça e outras coisas ruins. Por que temos carro? Por que temos avião? Por que temos roupas? Por que cozinhamos nossos alimentos? Por que temos artistas? Por que temos advogados, médicos e etc? Porque estávamos infelizes, insatisfeitos com o andar a pé, com a lentidão para chegar a um lugar distante, porque sentimos frio, porque comida crua não é tão gostosa, porque a vida às vezes é chatinha e precisamos de algo\alguém para nos animar, porque às vezes precisamos de alguém que nos defenda, nos trate\cure. E existem muitos outros porquês. Se estivéssemos satisfeitos, felizes com a vida atual não teríamos feito nenhuma melhoria.
Em uma edição antiga da Revista Acendedor (hoje Fonte de Luz), Dr. Masaharu Taniguchi conta que no início de sua vida de casado eles tinham pouco dinheiro e muitas vezes ansiavam por algum, digamos, luxo como, por exemplo, um determinado tipo de panela ou eletrodoméstico. E o grande prazer que o casal Taniguchi sentia estava no tempo e no empenho em adquirir o referido objeto. Que uma vez conseguido pouco a pouco a satisfação ia diminuindo. Não que se sentissem infelizes com a posse, mas sim porque a alegria humana está no esforço em conseguir algo e não na posse de algo. Tenho uma amiga, Ireni, na ong onde sou voluntário que me disse “a diferença entre o pobre e o rico é que o rico não tem a satisfação em conseguir algo, pois se quer, vai e compra, já o pobre tem o prazer em se esforçar em consegui-lo”.
As coisas estão tão fáceis que já estão banais. Ano passado enquanto me encaminhava para o Núcleo para participar do Domingo da Seicho-No-Ie uma bela adolescente me pediu R$1,00. Como achei que ela estava com fome dei o referido valor. Enquanto estava indo embora ela me perguntou “Não vai querer?”. Só aí entendi o que ela estava fazendo. Até o sexo está sem graça, banal. Duas semanas atrás, no Centro de Ipatinga, por volta de duas horas da tarde, uma outra adolescente me parou e perguntou “Não quer dar uma namoradinha”. E ontem, por volta das 16 horas eu estava na porta da Biblioteca Pública de Ipatinga conversando com uma amiga e comendo uma salada de fruta quando uma bela jovem simplesmente parou, passou o dedo no meu doce e o lambeu de um jeito e com um olhar, digamos, muito erótico. Em todos os casos agradeci, dispensei e estou orando por elas.
Um trabalhador, quando começa num emprego, ele está satisfeitíssimo, mas com o passar do tempo, quando vai se acostumando, começa a reclamar. Por quê? Porque se acostumou. Não está mais com o espírito de gratidão que tinha no início.
Alguns estudantes costumam se sentirem insatisfeitos com determinadas matérias ou professores. Por quê? Porque se fechou para as dificuldades. Se está, por exemplo, no segundo grau, deseja ter as facilidades do Ensino Fundamental. Ou então porque o Professor não lhe agradou em algo e se fecha para o próprio sucesso como tentando agredi-lo sabotando a si mesmo. Mas quem, na verdade, sai prejudicado? Uma das Leis Mentais é “Semelhante Atrai Semelhante”. Que pode ser dito também “Dois bicudos não se beijam” ou “Um gambá não cheira o outro” ou ainda “Quem com ferro fere com ferro será ferido”. E muitas outras expressões populares. Mas não adianta reclamar, protestar. “Dura lex sed lex” (A lei é dura, mas é lei).
O que temos que fazer é “Sorrir e agradecer”.
Agradecer ao trabalho que está tendo e se dedicando ao máximo a ele. Penso na grande Preletora Marlene Rodrigues Gomes da Silva que enquanto trabalhava na Caixa Econômica Federal se empenhou ao máximo e estudar e praticar a Seicho-No-Ie ao mesmo tempo que se dedicou com toda a sua energia ao seu trabalho na CEF. Com isso, ela se desenvolveu espiritualmente e aprendeu o que tinha que aprender naquele emprego. E hoje está com seu negócio próprio, que é Logos Psicanálise.
Assim, para um operário ou um estudante, ou ainda para qualquer outra pessoa, o melhor é não se sabotar com reclamações e atos destrutivos e, ao mesmo tempo, se empenhar em transformar sua insatisfação em sucesso. Estudando mais a Seicho-No-Ie. Praticando mais a Seicho-No-Ie. Divulgando mais a Seicho-No-Ie. Ao mesmo tempo que se dedica à sua família e ao seu trabalho\estudo.

Na Revista Seicho-No-Ie Mundo Ideal de dezembro 2008 (nº 173), a grandiosa Genaína Nunes Rodrigues conta entre outras coisas que conseguiu uma bolsa de estudos em Londres, mas que não tinha dinheiro para as despesas na Inglaterra. Ela não desistiu e confiou em Deus ao mesmo tempo que ela seguiu todos os trâmites necessários para conseguir o seu ideal. Conta ainda que em Londres ela terminou um namoro que a arrasou, mas “... procurava fazer normalmente as atividades diárias do Doutorado. Passei a dedicar-me com mais afinco ao trabalho da Seicho-No-Ie e logo voltei a ter uma grande alegria de viver”. Diz ainda que seu dinheiro estava acabando e que não tinha como continuar na Europa para completar seus estudos. E o que a Bela Palavra Genaína fez? “... Na verdade, durante o Seminário decidi aumentar a minha contribuição da Missão Sagrada e quando o fiz minha amiga que estava cuidando da Missão Sagrada até brincou comigo: ‘Está próspera, heim!” Eu apenas concordei”, disse ela e continua o seu Confesso que Vivi (páginas 10-12) contando que um emprego inesperado que lhe ocupava apenas seis horas semanais lhe rendeu o equivalente a mais 75% do que recebia antes. E o seu relato não para por aí. Tem muito mais coisas maravilhosas que vale a pena ser estudado por nós.

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